O MUNDO PARALELO
Luana saltava de vala em vala, se caísse numa delas seria o fim. Se conseguisse manter a velocidade, chegaria ao bloco seis em poucos minutos. Seria uma temeridade deixar o cansaço a dominar. O Esquadrão Fox avançava com seus soldados de armadura blindada. Ela seria uma prisioneira valiosa, se fosse capturada. Depois de sessões de estupro, a venderiam para o mercado de escravas, terminaria seus dias satisfazendo as taras dos militares e no fim serviria de alimento ao Grande Verde, a floresta sagrada que devorava qualquer um que entrasse ali, respirando. O barulho das botas do esquadrão, mais próximo, elevando ao quadrado o desespero da pobre criatura feminina de dezenove anos mal vividos.
Mas acontece que ela caiu numa vala. O alivio foi grande, quando percebeu que a água era rasa. Mas tinha uma coisa se mexendo embaixo dela. Uma coisa bem grande. Sinuosa e escancarando a boca, diante dela a cobra fez parecer o esquadrão como a salvação. Da cintura pra baixo já estava na boca do bicho, soltou um grito e desmaiou. Deslizou desacordada pro estomago do réptil.